Resumo: Diante do histórico de implementação das políticas de ação afirmativa nas universidades públicas, iniciado nos anos 2000, do destaque à importância do desenvolvimento de uma educação antirracista; da ênfase à discussão sobre o pensamento decolonial afrolatinoamericano; das ações de promoção da igualdade racial e do combate ao racismo estrutural e institucional em observância às normativas internacionais e nacionais, que estimulam a criação de políticas públicas em nosso país; da práxis da (re)construção dos saberes ancestrais africanos; da valorização dos corpos e das mentes negros nos espaços universitários; e da necessidade de compreender os protocolos de controle das políticas de ação afirmativa através das cotas e das bancas de heteroidentificação, apresentamos esta proposta de mesa-redonda para o Congresso da UFBA 2023, porque compreendemos a relevância da inserção desta pauta num momento crucial de reconstrução dos nossos valores civilizatórios, a partir de uma nova gestão governamental no Estado Brasileiro, a partir de 2023, que seguramente deve pautar a ampliação das políticas públicas afirmativas (incluindo o novo decênio para a política de cotas) e, em paralelo, dada a autonomia universitária, uma reflexão sobre possíveis estratégias políticas e pedagógicas que as instituições devem buscar ao instituir as suas próprias políticas antirracistas. Nesse sentido, pretendemos ainda apresentar os resultados de um curso de formação continuada docente (via PROFORD), desenvolvido na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) intitulado “Prevenção ao racismo institucional: práticas antirracistas na universidade”, que cumpriu a finalidade de estimular a criação de projetos internos de ações antirracistas, compreendendo que promover a divulgação dessa ação desenvolvida junto ao corpo docente da UFAL pode suscitar novas possibilidades em outras universidades e/ou institutos federais participantes deste importante Congresso
Racismo institucional;Educação antirracista;PROFORD/UFAL