Resumo: O que se espera do ensino de química é que seja capaz de transformar para melhor a vida da sociedade e dos alunos, humanizando-os e preparando-os para dominar as inovações científicas e tecnológicas, a lutar contra as mazelas e desigualdades da sociedade reprodutora do capital, tornando-se sujeitos sociais atuantes, políticos e que busquem a emancipação humana. Na contramão desta proposta, vemos a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), novo documento, de caráter curricular, gestado principalmente a partir da década anterior, que institui uma série de conteúdos e aprendizagens mínimas, baseadas em habilidades e competências educacionais, para os alunos da Educação Básica, ou seja, é um documento que promove o esvaziamento dos conteúdos científicos. Com modificações que tensionam o currículo escolar e, por consequência, a atuação docente em sala de aula, a BNCC também tem gerado inúmeros impactos na formação docente e exigido discussões formativas a seu respeito. Dentre esses impactos, podemos citar a criação da Base Nacional Comum da Formação de Professores (BNCFP), que tem como objetivo orientar o currículo das instituições formadoras, redefinindo a formação inicial e continuada de professores da Educação Básica. Esse documento se encontra em processo de implementação em todo o Brasil, mas, observa-se que ainda são diversas as lacunas dos professores e futuros professores sobre o assunto, sendo necessário promover discussões sobre esse processo, dessa forma, a mesa se propõe a articular o processo histórico, político e econômico de implementação da BNCC no Brasil e de forma mais especifica na Bahia, apontando as suas contradições frente a uma proposta de Educação transformadora.
BNCC;Bahia;Contradições