Resumo: O objetivo do encontro é provocar o corpo discente/docente e técnico da Faculdade de Direito da UFBa a refletir sobre como a construção jurídicas acontecem e perpassam a partir dos corpos dentro do território baiano, sendo, portanto, o território o ponto de partida para discussão do epistemicídio.
No entanto, o desbravamento sobre a temática objetiva analisar a partir da perspectiva da resistência, bem como, o pensar metodologicamente a pesquisa a partir das óticas (recortes) que podem ser elaboradas a partir de um mesmo movimento. Além disso, investigar durante o diálogo proposto, como é possível tomar uma posição política e buscar a (re)produção-transformação de um novo habitus que possa subverter a ordem conservadora estabelecida no campo jurídico.
Com isso, ressaltamos o ensinamento 32 do livro ensinando pensamento crítico de bell hooks:
Quando criamos um mundo em que há união entre teoria e prática, conseguimos nos engajar livremente com as ideias. Nossos pensamentos, então, não são ideias comuns, insignificantes e abstratas, de uso somente para quem busca viver a vida do pensamento em um ambiente acadêmico, afastado dos modos e funcionamentos da vida cotidiana. […] Compreender o cenário mais abrangente me ajudou a cultivar em mim as sementes da consciência plena e da compaixão. (p. 277-278)
O debate, portanto, elabora-se a partir da necessidade de ocupar espaços dentro da Faculdade de Direito da UFBA que estruturou seu curso com raízes aristocratas e racistas, em um espaço morfológico que evidenciava a “zona do não ser” (ou de neutralidade) das pessoas racializadas, bem como através de ementas de aula e suas fontes bibliográficas prioritariamente com referências jurídicas européias.
Nesse sentido, propõe-se transcender o raso conceito cotidiano, não se pode restringir quilombo a uma noção que o reduza apenas a comunidades formadas por escravizados fugidos das fazendas. O quilombo passa a existir como meio de preservar memórias e lutar pela resistência cultural dos seus ancestrais. Então, pensar neste conceito perpassa a
O SAJU, portanto, pretende com essa mesa, protagonizar e refletir sobre os espaços e as narrativas que ecoam na Faculdade de Direito e, para isso, pressupõe que a Universidade Pública frequente e discuta não como apenas um objeto de pesquisa, situando seu lugar político-ideológico.
AQUILOMBAMENTO; FACULDADE DE DIREITO; POTENCIA N