Resumo: Por que traduzir literatura infanto-juvenil? Desde a época da tradição oral, passando pelo período da transposição para textos escritos – inaugurado por Perrault – até a atualidade, a literatura infanto-juvenil tem sido o canal de inserção no mundo da magia, dos mitos, das tradições culturais de um determinado povo, assim como uma forma de harmonizar realidade e fantasia com vistas a se construir uma possível leitura e interpretação do mundo físico em que vivemos. Cada vez mais a literatura infanto-juvenil tem suscitado o interesse de pesquisadores da educação e da linguagem pelo seu importante papel na formação leitora do público infantil, sobretudo na era contemporânea, em que se discute efusivamente sobre os multiletramentos e sobre as múltiplas formas textuais propiciadas pelo uso das tecnologias digitais da informação e da comunicação. Diante desse cenário riquíssimo de produção linguística, o grupo de pesquisa A hora do conto: um pé lá, um pé cá propõe-se a refletir sobre as transposições sígnicas entre os diferentes modos e mídias textuais além de produzir materiais resultantes dessas pesquisas, com vistas à utilização dos mesmos para o enriquecimento do ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras. Tendo como base os estudos tradutórios de Christiane Nord (1991), os semióticos de Lucia Santaella e os da linguagem de Bakhtin, busca-se apresentar a confluência entre teoria e prática tradutória aplicadas aos contos de Grimm, Bechstein.
Tradução;Semiótica;literaturas-estrangeiras-modernas