Resumo: O ato de traduzir requer daqueles que se aventuram em seus entremeios habilidades comunicativas capazes de promover transferências culturais entre a cultura fonte e a cultura alvo, para a qual a tradução se destina. Tradutores são seres biculturais que, como pessoas competentes e conhecedoras da cultura alvo, procuram inserir as perspectivas de um possível receptor/leitor em sua tradução, levando em conta o seu entorno social, seu conhecimento de mundo e suas necessidades comunicativas, adaptando assim as normas da cultura fonte às normas da cultura alvo. A partir deste ponto de vista funcionalista da tradução, conforme estudos de Christiane Nord, e alinhando-o aos semióticos de Lucia Santaella e aos da linguagem de Bakhtin, pretende-se apresentar determinados aspectos teóricos e práticos que foram considerados para produção de audiolivros, manuscritos de peças radiofônicas, gravação de peças radiofônicas, adequação da tradução escrita para a linguagem musical, assim como a audiodescrição. Dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de tradução A hora do conto: um pé lá, um pé cá serão consideradas as seguintes obras: manuscrito para peça radiofônica do conto As agulhas tricotadeiras de Ludwig Bechstein, tradução e composição de cenas musicais em Setebela de Ludwig Bechstein, João, o pé quente dos Irmãos Grimm, a audiodescrição para o conto As agulhas tricotadeiras e, por fim, preparação de alunos de uma escola de ensino fundamental para a leitura e produção da peça radiofônica – A terra dos meninos pelados de Graciliano Ramos.
Tradução;Semiótica;Literatura-infanto-juvenil