Resumo: Esta mesa tem como finalidade apresentar o diálogo dentro das artes visuais entre o caráter ancestral, aquele que traz para o fruidor um passado revisitado, e a espiritualidade no sentido de revelar os elementos visuais de ordem do sagrado. Estes dois conceitos estão na pesquisa de Mestrado “Uma ponte para o sagrado: análise da imagem não-figurativa de Rubem Valentim entre as décadas de 1960-1980” que introduzirá está mesa, apresentado pela pesquisadora em Artes Visuais, Vaneza Melo. O tema será complementado a partir da exposição do artista convidado Antonio Carlos Portela,
A primeira abordagem, da ancestralidade, remete aos diálogos contemporâneos sobre a presença da africanidade nas artes visuais. De acordo com Eduardo David de Oliveira (2012) ancestralidade é, dentro da filosofia, uma categoria de ligação, pois a “maneira pela qual os parceiros de uma relação interagem dá-se via ancestralidade. Nesse sentido, a ancestralidade é um território sobre o qual se dão as trocas de experiências: sígnicas, materiais, linguísticas, etc.” (OLIVEIRA, 2007, p.257)
Na segunda abordagem, pretende-se mostrar ao público a relação do artista e sua espiritualidade no sentido de ações que envolvem arte e vida, transformadas em ritual espiritual (ROSEN apud PORTELA, 2018, p.112) e como sua obra de arte se impregna de elementos visuais que se referem ao mundo do sagrado.
Para compreender estas questões convidamos Antonio Carlos Portela, professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB, do Curso de Artes Visuais e artista visual.
ancestralidade;espiritualidade;arte contemporânea