Resumo: Resumo:
O maior acesso e a maior diversidade de circulação mediada de visões de mundo de nossa época está associada aos avanços tecnológicos que engendraram a cultura digital, motor da recente expansão de perspectivas para o conhecimento humano. É justamente neste momento em que podemos acessar saberes e narrativas mais variadas através de um simples clique, de um podcast escutado, uma mensagem enviada ou um programa assistido. Assim, a realidade que acessamos é constantemente construída e produzida pelo que acessamos. Um dos dilemas do digital pode ser entendido pela aparente contradição: a maior disponibilidade de informação não veio acompanhada de uma prevalência de conhecimento crítico na esfera pública. Para Michael Butter (2020), não é à toa que temos assistido a um aparente crescimento de teorias da conspiração e narrativas bastante descoladas da realidade e, nas eleições de 2022 para presidência, assistimos a ataques antidemocráticos por todo o país após a derrota de Jair Bolsonaro. Por quê? O que essas narrativas têm de tão forte para angariar adeptos? Como esses adeptos constroem suas “realidades predominantes” (Coudry; Hepp, 2000)? Como as dinâmicas das mídias digitais fomentam a construção da realidade social? O que a internet e a comunicação digital tem a ver com tudo isso? São perguntas que estes pesquisadores, membros do Grupo de Pesquisa em Semiótica e Culturas da Comunicação, estão se debruçando. Para estes jovens pesquisadores, o Congresso UFBA 2023 é uma oportunidade privilegiada para dialogar com a comunidade da UFBA e com a comunidade em geral, para além dos muros universitários, de modo que seja possível estender pontes e fazer acontecer um trânsito entre ideias que possam levar resultados de nossos estudos e, tão importante quanto, trazer para este grupo novos rumos.
Metodologia:
Formato: Presencial
Duração: 1h30
Mediador (Tarcísio Cardoso):
Apresentar a mesa, convidados(as) e introduzir o tema e sua relevância para a contemporaneidade.
Ponderar rapidamente entre os apresentadores e comentadores, passar a palavra a eles e controlar o tempo, caso estes ultrapassem seus limites.
Introduzir a passagem para a sessão de perguntas e instigar a mesa.
Finalizar a mesa e fazer agradecimentos;
Apresentadores (Eduardo Cohen, Mateus Anjos):
Há uma temática que os une, ainda que suas falas sejam paralelas.
Relacionar a temática com seus estudos, apresentando conclusões de suas pesquisas e percepções desenvolvidas, a fim fazer acontecer essa ponte entre a temática e os conhecimentos obtidos por desenvolvimento de pesquisa acadêmica.
Priorizar a didática, isto é, encontrar formas de simplificar as explicações, visto que o objetivo é convidar o público a conhecer aquele conteúdo, mas também relacionar com suas percepções de mundo sobre fenômenos similares aos tratados. Isto, claro, não quer dizer perda de conteúdo, mas sim sua tradução;
Comentadores (Sofia Schurig, Carla Queiroz):
Se os apresentadores constroem a ponte para um novo saber é a figura do comentador quem dialoga com o público para atravessá-la. Também devem priorizar a didática, mas devem intercalar sua exposição entre explicação e provocação construtiva, “levantando a bola” e devolvendo-a para o apresentador na forma de questão. Por isso, seu papel é comentar a fala do apresentador e questionar tanto ele quanto o público a respeito de sua fala.
Gestão de tempo:
5 min – (Mediador) Fala inicial;
15 min – Apresentador 1: exposição 1
15 min – Apresentador 2: exposição 2
5 min – Comentador 1: comentário crítico da exposição 1
5 min – Comentador 2: comentário crítico da exposição 2
10 min – Apresentador 1 e 2: resposta às provocações dos comentadores
5 min – (Mediador) Fala de transição: seleção de perguntas
25 min – debate e perguntas (15 min para os dois apresentadores e 10 min, caso queiram, para os dois comentadores)
5 min – (Mediador) Encerramento da mesa e agradecimentos.
realidades paralelas; mídias sociais; midiatização