Resumo: Em 2022, a partir da ação e mediação da oficina Poesia Corpo e Memória, através da parceria do Grupo de Mulheres do Alto das Pombas (GRUMAP), tivemos a voz como principal instrumento de transformação.
Pude perceber atraves dos relatos, como as mulheres pretas estão constantemente em luta coletiva para amplificar as vozes que são invisibilizadas pela sociedade racista e opressora.
A voz sendo ferramenta de construção de políticas sociais participativas e fomentando o bem viver em comunidade, onde o diálogo é para a construção participativa dentro do coletivo, cercando-se das necessidades para atender a maior parte delas.
Através de práticas integrativas de saúde e de dança, é possível perceber que o afeto promove uma cura profunda em diversos âmbitos, sejam eles, familiares, profissionais ou sociais. Quando expressamos a nossa verdade podemos acessar a nossa essência e assim trazer luz e entendimento para questões da nossa vida. Nesse sentido, as práticas feitas em roda, fomentam o autocuidado, o amor interior, o acolhimento e a transformação de questões subjetivas.
A semente que plantamos nesse útero coletivo, é participativa e intencionada para que as questões que cercam as mulheres pretas sejam escutadas com atenção, afeto, e possibilite novos frutos com a continuidade dessas ferramentas, que são feitas pelo GRUMAP desde 40 anos atrás, para que Sankofemos nos dias atuais trazendo a continuidade dessa ação.
Ao acolhermos nossas individualidades, com as práticas, através dos desenhos, das ervas, das respirações, músicas, trazemos curas que são como frutos dessa caminhada dançante que trilhamos.
Mulheres; Voz; Poder