Resumo: O contexto da rápida e acentuada expansão de projetos energéticos no Estado da Bahia, as contradições e os impactos decorrentes da implantação desses empreendimentos, transformou-se numa das preocupações das comunidades camponesas tradicionais. Estas comunidades demandaram assessoria de entidades e grupos de pesquisa, no sentido de contribuir com a compreensão da problemática. Como resposta a este chamamento, foram realizadas escutas a lideranças comunitárias e um conjunto de seminários formativos contendo sete ciclos, no período de março de 2021 a junto de 2022, através de mediação tecnológica.
O dossiê resultante do curso de formação, disponível numa plataforma virtual para consulta da sociedade em geral, revela dados de depoimentos de lideranças de 61 comunidades impactadas pela implantação de empreendimentos de energias renováveis eólica, solar e pequenas centrais hidroelétricas (PCHs), bem como suas linhas de transmissão na Bahia. O curso foi realizado através de parcerias entre o Geografar e as entidades Associação dos Advogados e Trabalhadores Rurais (AATR), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), Instituto para o Desenvolvimento Econômico Sustentável da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida (BOKU/reFuel) de Viena (Áustria) e ONG 10envolvimento.
Assim, a Mesa “Energias Renováveis na Bahia: reavivando os caminhos” objetiva resgatar os resultados dos estudos apresentados no dossiê. Buscando também identificar possíveis avanços e/ou respostas dos órgãos públicos referentes aos impactos apontados pelas lideranças comunitárias nos territórios tradicionais localizados nas áreas de influência dos empreendimentos de produção das energias renováveis.
Energias renováveis; Impactos; Comunidades tradicionais