Resumo: Esta mesa assume a posicionalidade feminista, antirracista e decolonial que demarcam conhecimento corporificado e lugar de fala. Sua proposição é parte de uma devolutiva da pesquisa sobre violência contra mulheres trabalhadoras da pesca artesanal. A partir do (re) encontro com as narrativas textuais e visuais produzidas durante o projeto de extensão “Educação em Saúde da (o) Trabalhadora(or) da Pesca Artesanal e Formação de Agentes Multiplicadoras em Participação na Gestão do SUS”, a escrita da tese “Insurgentes Mulheres das Águas: das narrativas de violência às contranarrativas de libertação corpOrais” – título que dá nome a mesa – revela manifestações de violência que marcam o corpo-território das trabalhadoras da pesca artesanal e reconta estratégias de enfrentamentos. Na tese as narrativas coletivas são apresentadas como contos, tomando-se de empréstimo a escrevivência de Conceição Evaristo e que farão parte do cenário da apresentação. Dessa forma, a mesa propõe um debate ampliado a partir dos resultados da tese, que revelam mulheres atravessadas por violências estruturais e sistêmicas, por vezes naturalizadas no cotidiano de vida e trabalho, e que demarcam especificidades e formas de opressão.
interseccionalidade; violência contra a mulher; pescadoras artesanais