Resumo: Os programas de formação inicial de professores fomentados pela Capes desde 2011 atravessaram mais de uma década e, no ciclo mais recente, encerrado em abril de 2022, enfrentaram os desafios impostos pela crise sanitária do Covid-19 e uma severa conjuntura política e econômica que ameaçou nossas instituições em várias dimensões: simbólica, orçamentária, em sua autonomia e na própria caracterização dos currículos de formação inicial.
O ciclo que agora se inicia e coincide com uma conjuntura política de ampla aliança democrática, nos recoloca numa cena de retomada de valores e princípios, mas também nos desafia a, na continuação dos programas, identificar quais as principais demandas a atender e o papel dessa articulação Universidade – Educação Básica na reafirmação e fortalecimento da cultura democrática, da permanência dos estudantes nas licenciaturas e suas perspectivas de trabalho numa sociedade que teve suas práticas educativas afetadas pela pandemia, pelo processo de mercantilização da educação e pela dispersão de grande parte de nossos estudantes da vida universitária, impelidos pelo imperativo da sobrevivência e da precariedade do trabalho.
O objetivo desta mesa é refletir sobre o papel do Pibid e do Programa de Residência Pedagógica no fortalecimento da formação inicial de professores e sua necessária articulação com os sistemas de educação básica pública, sobre os desafios e possibilidades dos nossos bolsistas nas escolas pós-pandemia e sobre as implicações desses programas nos currículos das licenciaturas, frente às diretrizes do Conselho Nacional de Educação tanto para a Educação básica quanto para a formação de professores.
PIBID; Residência Pedagógica; Diretrizes Curriculares