Resumo: A vontade de compor esta mesa nasceu da interação com doutorandos que trocam experiências em um grupo que freqüento há alguns anos, decidi convidar três colegas de estudo que já defenderam a Tese de Doutorado e dois que estão se preparando para defendê-la. A intenção é compartilhar vivências pessoais sobre a elaboração das respectivas pesquisas, pois dividir arrepios e desafios, expectativas e obstáculos que incluem, mas não se limitam às dificuldades estruturais e metodológicas que exaurem o esforço intelectual, favorece a liberação de tensão acumulada pela pressão de limites, prazos, normas e práticas estabelecidas. A relevância da proposta consiste em favorecer a compreensão de situações geradoras de prazer e sofrimento na elaboração do texto, incentivando a participação da universidade e dos próprios professores, especialmente dos orientadores na tarefa de produzir um ambiente mais colaborativo, mais sereno no qual as experiências agradáveis se sobressaiam. O objetivo é refletir sobre a insuficiência da dimensão quantitativa na produção científica para que seja benéfica tanto para a academia como para a sociedade sem deixar de ser gratificante para os doutorandos. Torna-se fundamental um maior investimento na qualidade da relação orientando-orientador e na relação entre os próprios discentes que podem influir diretamente na excelência das produções científicas, com vistas a um aumento de visibilidade em nível nacional e internacional, mas, sobretudo um aumento de satisfação das partes envolvidas ao longo do processo.
Tese de doutorado; Prazer e sofrimento; Experiências pessoais