Resumo: A mesa propõe articulações entre arte e psicanálise, sob a perspectiva das epistemologias não-cartesianas, tendo em vista processos criativos em teatro. De que modo vivências subjetivas se fazem presentes em criações artísticas? Em que medida essas criações se constituem como espaço de elaboração de vivências traumáticas? É possível considerar o espaço criativo como um território existencial? Essas são algumas questões que guiam a reflexão proposta. Ao levantar os principais dispositivos criativos nos trabalhos analisados, as pesquisadoras indicam caminhos para o exercício de uma reflexão acadêmica que considere a interface entre arte e psicanálise. Tais campos podem ser afirmados como modos de tratar o real pelo simbólico. A hipótese é de que se pode pensar a invenção artística como operador, mas não instrumento, de promoção da saúde humana, ou seja, a arte como o necessário para o engendramento da vida e, portanto, da produção de subjetividades.
Psicanálise; artes cênicas; epistemologias não-cartesianas