Resumo: A mesa tem como objetivo refletir sobre Relações Raciais na Educação Infantil, considerando aspectos como: currículo(s), práticas pedagógicas, gestão e políticas públicas. Isso será feito a partir de dados coletados de teses e dissertações em andamento vinculadas ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Faculdade de Educação (FacEd) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), à Linha de Pesquisa Política e Gestão da Educação, ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Infantil, Crianças e Infâncias (GEPEICI-FACED-UFBA) e ao Grupo de Estudos ERÊ – Relações Raciais na Educação Infantil. São pesquisas alicerçadas nos valores civilizatórios afro-brasileiros discutidos por Trindade (2010) que tratam sobre crianças e infâncias negras, concebidas como sujeitos históricos e de direitos, herdeiras de um legado africano e que tem “um jeito negro de ser e viver” (MAKOTA VALDINA, 2005). Ressalta-se que em 2003, fruto da luta histórica do Movimento Negro, foi promulgada a Lei 10.639/03. No ano seguinte, em 2004, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (DCNERER, 2004, p. 13) reafirmam a obrigatoriedade do tratamento das questões raciais para produzir conhecimentos, posturas, atitudes e valores que colaborem para a “[…]valorização e respeito às pessoas negras, à sua descendência africana, sua cultura e história”. Apesar disso, o espaço das pré-escolas e escolas, por vezes, negligenciam a abordagem da ERER para crianças silenciando-as e invisibilizando seus corpos através de ações objetivas ou subjetivas de preconceito, de discriminação racial ou de racismo. Assim, a educação antirracista é fundamental para a construção de uma sociedade democrática que reconheça e que valorize o legado dos diferentes grupos étnico-raciais ao passo que respeite as diferenças e atue para a superação das desigualdades.
Relações Raciais;Currículo;Educação Infantil