Resumo: O encontro entre lideranças comunitárias indígenas e acadêmicos que militam nas causas indígenas e demais movimentos sociais, conjuntamente, põem em pauta a discussão sobre a importância dos saberes indígenas, preservação do patrimônio material, imaterial e simbólico, conhecimentos e formas de expressão cultural na formação artística e educativa nas escolas de educação básica e universidades brasileiras. Dar conhecimento às iniciativas já existentes entre essas duas comunidades, na perspectiva de identificar o que uma pode contribuir com a outra e promover o fortalecimento das lutas contra as políticas de extermínio, epistemicídio, dominação dogmática religiosa e ideologias brancoeuropeias; e valorizar a sua herança civilizatória advinda das diversas etnias originárias do território nos convoca a ultrapassar o “vácuo” deixado nas mentalidades, posturas e memória em geral da sociedade brasileira. As iniciativas no campo artístico, educacional e político realizadas por tais segmentos institucionais – fóruns, ocupações, feiras, festivais, títulos e menções de reconhecimento, concursos, políticas de ações afirmativas, mostras artísticas, documentos – devem ser socializados enquanto ações de mobilização que apontam horizontes para uma educação antirracista, com vistas para a construção de políticas da diversidade, diálogos entre os diferentes sujeitos e diferentes áreas do saber, culturas e visões de mundo, para assim consolidar seus processos de ensino-aprendizagem numa perspectiva multi/pluri/inter/transdisciplinar de conhecimentos e ações.
saberes Indígenas; formação artístico-educacional; politicas afirmativas