Resumo: A formação universitária, via de regra, vem sendo orientada pela monocultura da produção de conhecimento, caracterizada pela hegemonia da racionalidade científica moderna e que subsidia os fazeres nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão. É comum que essa hegemonia se dê sem diálogos sistemáticos com saberes originários de matrizes não ocidentais-modernas, como as matrizes de saber tradicional, a exemplo dos saberes indígenas e quilombolas, sendo estes deslegitimados no processo de produção do conhecimento. Esta mesa tem por objetivo apresentar e discutir possibilidades e alternativas para a permeabilidade da formação universitária aos saberes e práticas ancorados em outras cosmologias, ampliando o olhar acerca da pluralidade epistêmica do mundo e as possibilidades éticas, estéticas e práticas do encontro entre saberes, tomando como ponto de partida experiências nos campos da saúde e das artes.
Saberes tradicionais; Formação; Universidade